Eu já falei tudo o que tinha para falar,
mas você não ouviu tudo o que tinha de ouvir.
O que você escutou não foi o que eu disse.
Esse é o problema (é nessa parte em que eu finjo saber a resposta)
Não importa o que eu diga,
você sempre vai associar a minha imagem
ao conteúdo do meu discurso.
Entre o que eu falo e que você escuta
está misturado o que eu sou,
não deveria ser assim.
Eu não sou sempre o que eu falo,
e nunca falo realmente quem eu sou,
não porque seja hipócrita, falso, ou qualquer coisa do tipo.
Eu não teria nenhum problema em fazer isso
se soubesse com certeza quem eu sou,
ou se soubesse me expressar precisamente,
ou se nunca mudasse,
ou fosse tão simples quanto as coisas que sinto.
Você não me entende,
mas tudo bem, não vou cobrar de você, algo que é tão humano:
nós não percebemos as pessoas,
apenas captamos os momentos,
enxergamos o mundo de forma tão rasa quanto uma máquina fotográfica.
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