Indiferença: A pior forma de infelicidade.
Pode parecer estranho, mas depressão soa quase como se fosse felicidade para mim, soa como libertação de um estado de letargia... "ei estou vivo e sim, eu sangro."
A tristeza, mesmo que fria, nos instiga, nos estimula a nos perguntar, a melancolia é combustível, nos move, nos liberta, nos dá propósitos. Ironicamente estamos vivendo ao máximo quando estamos no fundo do poço, quando concluimos que nada poderia piorar, quando o mundo nos faz nos sentir claustrofóbicos, sem espaços, sem saídas, sem alternativas.
Mas é a indiferença morna que nos mata vivo, o "foda-se a tudo", o tanto faz como tanto fez, o mundo ausente de cores e sabores. Essa é a verdadeira infelicidade plena, sufocante, é estar infeliz sem ao menos saber disso, sem ter a noção exata da nossa humanidade intrínseca, da nossa imperfeição constante, sem ter consciência de que viver é procurar as respostas mesmo sem saber quais são as porras das perguntas.
Não há como nos sabotar de uma maneira pior do que nos apagando, nos diluindo.
Acostume-se mas não aceite.
Aceite mas não acredite.
Acredite mas não se acomode.
Seja inquieto.
A regra é clara.
A = ~A (A é negação de A).
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